HOMEM QUE SABIA A MAR, O

«Silvestre é um mafioso, murmuravam os meus muito inimigos.
Silvestre é um louco com sorte, porque há loucos com sorte, diziam as invejas que também nunca foram poucas.
Mas eu costumo afirmar que a loucura, devidamente orientada, tem fornecido gestores a nível mundial que ficaram célebres.
Célebres, pela desgraça que trouxeram aos povos.
Célebres pela alegria que lhes souberam dar, trazendo algum sentido às suas vidas.
No fundo, não me julgo louco.
Gostaria, isso sim, de gerir a loucura dos outros, disfarçando na ordem estabelecida certos sentimentos julgados já caducos.»

Um romance bem escrito, inteligente, que prende o leitor até ao fim, intercalando várias histórias de vários tempos, de amores, negócios, assassínio, e onde se cruzam numerosas personagens em torno de uma casa de turismo, aparentemente inocente, mas onde nem tudo é o que parece.